domingo, 9 de outubro de 2011

caminho



'(...) eu tive que ficar quieta no meu canto, toda lacerada pela falta. Foi um período solitário em que vivi o luto necessário. Ele nem desconfiou que eu também estava triste, talvez se sentisse melhor se soubesse. Mas eu tinha que fazer valer minha palavra, demorei muito tempo tomando coragem. Demorei muito tempo desparafusando aquela gaiola e, depois, reaprendendo a voar.

Tive ímpetos de escrever uma carta falando das qualidades dele, de tudo que havia me feito crescer. Mas quando fui escrever só consegui dizer: desculpe, não se pode negociar com a paixão. Porque eu também não entendo às vezes esses caminhos que a vida tece. E nós que morávamos um no outro, ficamos sem casa. Perdoe a falta de abrigo, é que agora eu moro no caminho.'



Marla de Queiroz



Sou precisamente entre doce e salgada, como lágrima. Às vezes de sol, às vezes de lua, mas com luz necessária para iluminar-me pra dentro! Tenho a alma lilás! Eu não caibo aqui, eu nem caibo em mim. [Sophia Compeagá]

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